sábado, 10 de dezembro de 2016

Resumo - Prótese Total

Quando precisa pedir panorâmica: Paciente sem prótese antiga.
Exame criterioso;
Preenchimento completo do prontuário

1 – Exame clínico

Extra-oral
·         Observar o seu aspecto facial, verificando características como: dimensão vertical, suporte do lábio, linha de sorriso e altura incisiva.
·         Observar as próteses que o paciente faz uso. 1- Analisar o grau de higienização e cuidados com a mesma; 2- área chapeável; 3- Espaço protético; 4- Tolerância ao uso de próteses; 5- suporte labial; 6- Características dos dentes artificiais; 7-Hábitos parafuncionais; 8- Relações intermaxilares.

Intra-oral
·         Inspecionar e palpar os tecidos moles, músculos e rebordo remanescente.
·         Analisar a possível necessidade de correção cirúrgica do rebordo, como aumento cirúrgico do rebordo etc.
Doenças associadas ao uso de próteses:

Reabsorção do rebordo residual: Um osso que recebe estímulos mecânicos constantes, tende a manter uma atividade celular equilibrada. Atrasando o processo de reabsorção óssea. Já quando o tecido ósseo para de receber estímulos não consegue manter tal equilíbrio, o que pode resultar também em perda de massa calcificada, atrofia por desuso. O melhor tratamento é evitar a extração de todos os dentes.

Candidíase eritematosa ou candidíase atrófica crônica: Resposta inflamatória na mucosa relativa à área de suporte das próteses, especialmente no palato. Predisposição: presença da própria prótese, o que diminui a ação antimicrobiana da saliva na mucosa sob a base da mesma, e os hábitos de higiene do paciente, criando uma condição para a proliferação de micro-organismos. O tratamento consiste em regularização da superfície interna da prótese e melhora na higienização da prótese e das estruturas bucais, fazendo-se o uso de substâncias antimicrobianas.

Hiperplasia fibrosa inflamatória ou epúlide fissurada: úlceras traumáticas, causadas por: sobreextensão da base da prótese, pontos de pressão exagerada sob a base da prótese ou por interferências oclusais grosseiras, que fazem a prótese se mover durante a mastigação. Tratamento: redução da porção sobreestendida da base da prótese e/ou correção das discrepâncias oclusais.

Síndrome de kelly ou síndrome da combinação: pacientes edentados superiormente e parcialmente dentados o arco inferior, portadores de extremidade livre posterior. Ocorre: perda de suporte ósseo sob a base da PPR, reposicionamento espacial anterior da mandíbula, reabsorção óssea na porção anterior da maxila, hiperplasia inflamatória na região de palato duro e fundo de vestíbulo, crescimento das tuberosidades maxilares, alterações periodontais.

Avaliação do espaço protético:
Análise do espaço existente: correlacionam-se rebordos antagonistas.
Dimensão vertical de oclusão (DVO): principal parâmetro clínico a ser considerado. A relação vertical da mandíbula e maxila desaparece de um ponto de vista estático, deixa de existir um ponto de parada para o fechamento da mandíbula.

2- Moldagem anatômica:  
·         Seleção da moldeira de estoque
·         Material de escolha: Silicone, pois dá uma visão melhor. O alginato não dá um espaço melhor.
·         Quantidade de material: 5 medidas de silicone
·         Posição do paciente: Durante a moldagem o paciente deve estar sentado, com a cabeça no plano de camper (linha que vai da espinha nasal anterior à porção superior do pório. O Plano de Camper é representado nos tecidos moles pelo plano que vai da asa do nariz ao trágus (direito e esquerdo)..
·         Técnica de Moldagem
·         Verificação do molde
·         Desinfecção: com hipoclorito (10min)

3- Confecção do modelo anatômico (com gesso tipo 3).
·         Proporção água/pó
·         Vibração constante
·         Verter o gesso
·         Tempo de cristalização do gesso (no mínimo 40minutos)

4- Moldagem funcional (individual)
Moldeiras individuais: Feita de resina acrílica, a partir do modelo obtido na moldagem anatômica. Que vai determinar os limites da área chapeável, de acordo com a fisiologia dos elementos anatômicos presentes. Promove um confinamento de uma película de saliva, gerando a retenção da prótese à mucosa por ação das forças de coesão, adesão e pressão atmosférica.
·         Confeccionada pelo laboratório
·         Espessura é de 2mm
·         Cabos superior e inferior: são 3 cabos, 2 posterior e 1 anterior
è A moldeira deve ser ajustada que haja espaço suficiente a ser preenchido pelo material de moldagem.

Vedamento periférico: Permite que os tecidos estabeleçam suas próprias relações de contato com o material de moldagem.Influenciará tanto na espessura, quanto no contorno, na retenção e estabilidade da prótese. Quanto + adaptada, maior o preenchimento.
Reproduz os movimentos que o paciente faz com a língua, lábios e etc.
·         Moldagem de selado periférico (com godiva) A godiva deverá apresentar uma espessura adequada, contorno arredondado e superfície fosca e sem dobras ou rugosidades.
·         Moldagem de corpo (com pasta de zincoenólica). Se o paciente tiver um rebordo retentivo usar o poliéter
·         Desinfecção

5- Encaixotamento/modelo funcional
·         Finalidade: Possibilitará que os detalhes obtidos no Vedamento periférico sejam transferidos para o modelo de gesso e posteriormente para a prótese.
·         Localização da cera:
·         Tipo de gesso: gesso pedra especial
·         Tempo de cristalização do gesso (40min)
·         Desoclusão (deve serfeito em banho-maria)

6- Planos de orientação/Ajuste (o laboratório que faz)
·         Material: cera 7 ou 9 fundida em um conformador, que resulta em um plano de cera mais resistente e evita a remoção indesejável de lâminas inteiras de cera durante o ajuste.
·         Espessura da base (1mm)
·         Desinfecção
·         Estabilidade dos planos em boca
·         Sequência de ajustes:
·         Paciente monomaxilar: Se inicia pela DVO, depois vem: suporte labial, altura anterior, plano oclusal, corredor bucal e depois a linha de referência: linha média, distais de canino
·         Paciente bimaxilar (desdentado total): Suporte labial (1º ajuste), altura anterior (2º ajuste), plano oclusal (3º ajuste): plano anterior, plano posterior; corredor bucal: depois do corredor, vai para a DVO: linha de referência: linha média, distais de canino, sorriso alto.
Suporte labial: contorno adequado do plano de cera para dar suporte à musculatura e facilitar a colocação dos dentes artificiais. As inclinações dos dentes anteriores superiores e inferiores serão paralelas ao perfil do paciente.
Altura incisal: Determinação da porção visível dos dentes.
Linha do sorriso: Curva suavemente ascendente que acompanha a borda superior do lábio inferior. Orientação correta do plano oclusal, paralela ao plano de camper e à linha bipupilar, produz uma linha do sorriso satisfatória.
Formato do rebordo: harmonizar o arranjo dos dentes com o formato do rebordo alveolar residual. Forma da arcada: Ovóide – curva contínua entre os dentes anteriores e posteriores, não se definindo uma divisão clara entre os segmentos anterior e posterior. Perfil reto e rosto ovóide; Quadrada – divisão marcante entre os segmentos anterior e posterior definida pelo canino, palato em forma de U, rebordo residual formando um arco amplo em sua porção anterior, base do nariz larga, face quadrada e perfil côncavo; Triangular – canino alinha-se com os dentes posteriores, pertencendo a esse segmento da arcada. Palatos estreitos e profundos, rebordos residuais formando um arco estreito, nariz alto e estreito e uma face alongada, cujo perfil geralmente tende ao convexo.
Corredor bucal: espaço existente entre a superfície vestibular dos dentes posteriores e a mucosa interna da bochecha. Critério chave para se criar um sorriso natural. Influenciado pela posição e inclinação dos caninos.
Linha média: Relação harmoniosa entre a face e o arranjo dos dentes anteriores.
7- Relação intermaxilar: dvo – relação vertical da mandíbula com a maxila na qual os dentes se tocam; Relação cêntrica – posição horizontal, posição fisiológica não forçada, relação articular de referência. Posição postural que a mandíbula se encontra dentro da fossa numa posição não forçada. Segurada pelos músculos e ligamentos.
8- Montagem dos modelos em articulador: ajuste do articulador, arco facial – para montar o modelo superior, registra a DVO e RC na boca e é transferida para o articulador. Simulam os movimentos da mandíbula em relação a maxila. Permite um estabelecimento da distância intercondilar, deve ser estabelecida nas guias condilares, acrescentando-se ou tirando espaçadores das guias condilares
Reproduzem a relação estática e dinâmica da maxila com a mandíbula fora da boca.
Modelo inferior: manutenção do RC, o materila de registro também deve manter a DVO da mandíbula com a maxila, se utiliza planos de cera com bases de prova.
Os planos de cera – o plano oclusal é determinado com o ajuste, compensa a discrepância com o plano horizontal.
9- Seleção dos dentes artificias: Formato, tamanho, referências, cor, opinião do paciente
Devem apresentar-se em harmonia com as características biotipológicas que orientam os ajustes dos planos de orientação.
10- Montagem e prova dos dentes:
Montagem realizada pelo laboratório,
Prova em boca,
Orientar o paciente,
O que deve ser checado? Corredor bucal, relação Centrica, suporte labial.
Aprovação ou ajuste
Opinião do paciente
Seleção da gengiva artificial
11- Acrilização e instalação:
Acrilação realizada pelo laboratório
Análise da prótese
Desinfecção
Instalação
Controles. 

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